Dezenas de pessoas entre representantes sindicais, estudantes e movimentos sociais estiveram hoje, 02, na Assembléia Legislativa para participar do lançamento da campanha “Usina Nuclear Não. Vida Sim”, contra a implantação de uma usina nuclear em Sergipe. De acordo com a Eletrobrás Termonuclear S/A (Eletronuclear) o Estado poderá ter uma usina em uma área próxima a Hidrelétrica de Xingo. Hoje pela manhã na Assembléia
“O objetivo do movimento é exatamente conscientizar o povo sergipano dos riscos da instalação de uma usina nuclear em Sergipe e manifestar nossa posição contrária a retomada do programa nuclear brasileiro”, explica o deputado estadual Wanderlê Correia (PMDB), um dos responsáveis pelo movimento.
Segundo o deputado, o Brasil tem várias alternativas como a biomassa, a energia eólica e a própria energia hidroelétrica para gerar energia. Wanderlê informa que uma das alternativas para geração de energia é a construção de pequenas hidrelétricas.
O deputado Wanderlê também contesta os valores que serão aplicados na construção da central nuclear em Sergipe, segundo ele, o Brasil está optando por uma energia mais cara. “A usina de Angra 03 vai produzir 1350 megawat e vai custar R$ 9 bilhões, enquanto a usina de Santo Antônio, no rio Madeira, vai produzir 3,3 mil megawat vai custar o mesmo valor”, garante.
Movimento de alerta
Para o geógrafo e professor aposentado da Universidade Federal de Sergipe, José Cláudio Barreto, coordenador do movimento, a nível mundial a energia nuclear não é considerada a mais segura, tendo em vista um conjunto de muitos problemas, principalmente ambientais, que ele pode trazer. Professor José Cláudio
O movimento contra a instalação da usina nuclear deverá ocupar as ruas, as feiras, as escolas, entre outros pontos de concentração de pessoas. “Esse é um movimento de alerta à sociedade”, frisou Barreto.