Os professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) farão uma assembleia no início do mês de maio para avaliar se devem ou não aderir à greve nacional dos docente de instituições federais deflagrada nesta segunda-feira, 15.
De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs), há indicativo de greve, que foi aprovado no dia 20 de março. No entanto, uma nova assembleia será realizada fim de aprovar ou rejeitar a deflagração da greve dos professores em Sergipe. A assembleia acontecerá na primeira semana de maio em data ainda a ser definida.
Ainda conforme a Adufs, a situação está relacionada à cobrança para o aumento salarial dos professores da UFS. Segundo a entidade, dados do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) apontam a perda salarial de 42,3% desde 2010. O movimento nacional pede metade do valor, por meio de um reajuste de 22,71%, dividido entre os anos de 2024, 2025 e 2026 – sendo um total de 7,06% em cada ano.
A Adufs informou que o governo federal atual planeja um reajuste de 0% para 2024, com o crescimento de 4,5% para os anos de 2025 e 2026 – totalizando 9%. Até o momento, seis reuniões para tentativas de negociação foram realizadas desde 2023, mas as negociações não avançaram, gerando a paralisação da categoria.
Instituto Federal de Sergipe
Diante do debate nacional, o corpo docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) deflagrou uma greve por tempo indeterminado. O instituto iniciou a paralisação no dia 8 de abril.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinafese), os professores reivindicam atualização de alguns direitos trabalhistas, além de melhores condições de ensino, pesquisa, extensão, inovação tecnológica e políticas de assistência estudantil para estudantes.
Cenário nacional
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) disse que proposta apresentada pelo governo federal foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658, para R$ 1000; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.
A proposta foi rejeitada em reunião com a participação de 34 seções sindicais do setor, que também votaram pelo movimento paredista resultando em 22 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções.
Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que, além de formalizar a proposta apresentada na última quinta-feira, também foi assumido o compromisso de abrir, até o mês de julho, todas as mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas para dar tratamento às demandas e produzir acordos que sejam positivos aos servidores.
Por Carol Mundim e Verlane Estácio com informações da Agência Brasil
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