Saúde orienta sobre os cuidados com verminoses

(Foto: Divulgação)

Reduzir a carga parasitária das verminoses, denominadas como Geohelmintíases, na faixa etária de menores de até 15 anos, é o principal foco da Campanha Nacional de Combate às doenças, lançada pelo Ministério da Saúde (MS) no início da semana e desenvolvida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) em todos os 75 municípios sergipanos.

As Geohelmintíases são grupos de doenças parasitárias causadas principalmente pelo Ascaris lumbricoides, Trichuris Trichiuria e Ancilostomídeos, verminoses adquiridas principalmente em comunidades carentes e na zona rural, devido à água mal tratada, falta de saneamento básico, condições precárias de higiene, etc.

Para completar o ciclo evolutivo, essas verminoses (ou helmintos) necessitam fixar-se em solos inadequados. O Áscaris, por exemplo, põe seus ovos e, junto com dejetos orgânicos, nasce uma larva infectante que pode entrar no organismo do indivíduo causando uma série de doenças, podendo até matar.

“Geohelmintíases, na realidade, é o termo utilizado para todas aquelas helmintíases (verminoses) que parte do ciclo de sua vida passa no solo. Elas constituem um grupo de doenças parasitárias intestinais. Por estarem no solo contaminado, assim que a pessoa tem contato, principalmente em atividades laborativas (trabalho) ou recreativas, pode haver a contaminação pela pele ou pela colocação da mão e objetos contaminados na boca. Também pode ocorrer a contaminação pela ingestão de alimentos contaminados”, esclarece Marco Aurélio Góes, médico infectologista e coordenador do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia da SES.

Segundo Marco Aurélio, as geohelmintíases podem atingir todas as faixas etárias, mas devido aos próprios hábitos das crianças, como andar de pés descalços e brincar com terra, colocar brinquedos sujos na boca, as doenças são mais comuns em menores de 15 anos. O infectologista explica que há tratamento. “Para as principais verminoses o tratamento pode ser feito de forma simples com uso de anti-parasitários em dose única, como Albendazol, por exemplo, que tem sido utilizado na campanha nacional. Em alguns casos há necessidade de associação de mais medicamentos. As verminoses podem causar sequelas como  atraso do crescimento e desenvolvimento das crianças, que pode levar a déficit de estatura e de aprendizagem”, pontua, ressaltando que esse medicamento é disponibilizado na farmácia básica de todas as unidades do Sistemas Único de Saúde (SUS).

Ainda de acordo com Marco Aurélio, as verminoses mais comuns proporcionam sintomas considerados leves e crônicos como anemia, mal estar, fraqueza e perda de apetite.  “Mas, pensando em risco de oferecer complicações, principalmente em crianças, o Ascaris lumbricoides tem levado um maior número pessoas às hospitalizações e óbitos. Quando há uma super infestação, a falta de cuidados básicos pode ocasionar a formação de um “bolo” de vermes que obstruem o intestino, necessitando muitas vezes de procedimento cirúrgico para a retirada”, enaltece. 

Campanha Nacional  

A Campanha Nacional contra a Hanseníase e as Geohelmintíases, do Ministério da Saúde, tem como tema ‘Hanseníase e Verminose têm cura: é hora de prevenir e tratar'. Nas últimas semanas, a Secretaria de Estado da Saúde percorreu todos os 75 municípios sergipanos para informar as ações e o início da campanha aos gestores das Secretarias de Saúde e de Educação. A campanha visa conscientizar os cerca de 190 mil estudantes, na faixa etária de 05 a 15 anos.

A ação proporciona a busca ativa de casos suspeitos de Hanseníase e do tratamento coletivo da Geohelmintíase. Anualmente, em Sergipe, cerca de 500 novos casos são detectados, sendo que o percentual maior está em menores de 15 anos.

A oferta e a supervisão do tratamento de geohelmintos nos estudantes será realizada por profissionais de saúde da área de abrangências das Unidades Básicas. A campanha favorece o tratamento  preventivo em escolares e está em conformidade com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que preconiza o tratamento periódico como uma medida de redução de incidência e de suas complicações.

Fonte: Ascom SES

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